segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Interpretação de Texto

Um Conto Tradicional Português: A MORTE QUE FEZ UM HOMEM RICO

Um Conto Tradicional Português:
A MORTE QUE FEZ UM HOMEM RICO

(Podes fazer também as palavras cruzadas sobre o vocabulário do texto.)

Lê o texto com muita atenção antes de responderes às perguntas. Depois escolhe a resposta correcta a cada pergunta.

A MORTE QUE FEZ UM HOMEM RICO

  1. Um homem tinha muitos filhos, e já todos os homens da freguesia eram seus compadres.
  2. A mulher alcançou outra vez e pronta estava para parir. O homem, que não queria pedir a mais ninguém, abalou de casa.
  3. Encontrou no caminho um homem muito desfigurado, que lhe perguntou aonde ele ia.
  4. Ele contou-lhe, e o homem disse-lhe que voltasse para trás, que ele era o seu padrinho.
  5. Assim foi.
  6. Quando acabou o baptizado, o homem disse:
  7. — Compadre, repare bem para mim, para me conhecer onde quer que me encontrar. Eu sou a Morte. Tu muda de casa e faz-te médico, que hás-de ganhar muito dinheiro. Em tu me vendo aos pés da cama de qualquer doente, é porque ele escapa. Em tu me vendo à cabeceira, é porque ele morre.
  8. O homem assim fez; começou a ter muita fama e ganhava muito dinheiro e já estava muito rico mais os filhos.
  9. Num dia a Morte chegou-se ao pé dele e disse-lhe:
  10. — Bem, agora já te fiz rico, mas hoje chegou a tua vez e venho matar-te.
  11. O homem pediu muito que o deixasse viver mais um ano.
  12. A Morte consentiu.
  13. O homem então mandou fazer uma torre de bronze, com as paredes muito grossas, para a Morte lá não entrar.
  14. Quando o ano estava quase a acabar, ele mandou fazer um anel de ouro, meteu-o no dedo e fechou-se na torre.
  15. Estava lá a jantar, e apareceu-lhe a Morte ao pé dele.
  16. Ele, muito assustado, perguntou-lhe:
  17. — Ó comadre Morte, tu por onde é que entraste?
  18. A Morte disse que pelo buraco da fechadura.
  19. Ele então disse-lhe:
  20. — Já que tu te meteste pelo buraco da fechadura, hás-de meter-se pelo buraco desta cabaça.
  21. A Morte meteu-se e ele tapou a cabaça com uma rolha e disse à Morte:
  22. — Agora sai daí para fora se és capaz.
  23. A Morte disse-lhe:
  24. — Ó compadre, pois eu fiz-te tanto benefício, e tu agora queres-me aqui deixar dentro desta cabaça? Tira-me a rolha, que eu não te faço mal.
  25. O homem tomou a perguntar-lhe se ela não lhe fazia mal.
  26. A Morte disse que não.
  27. Ele destapou a cabaça e, ao tempo que destapou, caiu, mas não morto, e a Morte roubou-lhe o anel.
  28. Ele disse:
  29. — Ó comadre, então tu prometeste-me que não me matavas, e agora queres-me matar. Deixa-me ao menos rezar um Padre-Nosso e uma Ave-Maria pela minha alma.
  30. A Morte consentiu.
  31. Ele que fez?
  32. Começou a rezar o Padre-Nosso até ao meio e depois tornava a começar.
  33. De modo que a Morte não o podia matar.
  34. O homem então saiu da torre e começou outra vez na sua vida.
  35. Um dia andava ele à caça e a Morte fingiu-se de morta no meio do monte.
  36. O homem chegou e, julgando que era um homem morto, disse:
  37. — Ah! Pobre homem, quem te matou? Deixa-me ao menos rezar um Padre-Nosso e uma Ave Maria pela tua alma.
  38. Rezou, mas ao tempo que acabou, a Morte levantou-se e matou-o.

Consiglieri Pedroso, in Contos Populares Portugueses

 

terça-feira, 29 de outubro de 2013

A confusão do "porques"





"Porque" junto, "por que" separado, "porquê" junto com acento, "por quê" separado com acento.

São os "porques" da língua portuguesa a confundir a cabeça de muita gente!

Agora, cá entre nós, não há motivo para tanta confusão.
 

O entendimento da regra dos "porques" não é nenhum bicho de sete cabeças, como veremos agora.

São cinco os tipos de "porques":

Por que - separado - significando "por que razão" - no início ou no meio de frase interrogativa com ou sem ponto de interrogação: "Por que (= por que razão) você chegou atrasado?"; "Não sei por que (= por que razão) ele reagiu daquele modo".

Por quê - separado - significando "por que razão" - no final de frase interrogativa com ou sem ponto de interrogação: "Você chegou atrasado por quê?"; "Estou certo e vou mostrar por quê".

Por que - separado - significando "pelo qual": "A crise por que (= pela qual) passa o mundo pode ser muito útil".

Porque - junto - significando "pois" ou "pelo fato de que": "Chegue cedo, porque (pois) não quero dormir tarde"; "A seleção perdeu porque (pelo fato de que) jogou mal".

Porquê - junto - significando "motivo" - precedido de artigo: "Ninguém sabe o porquê (= o motivo) da crítica".

Esses são os "porques" da língua portuguesa.

Apesar da diversidade, cremos que com o que está exposto aqui dá para você empregá-los sem grandes aperreios. - See more at: http://www.portuguesnarede.com/2009/05/confusao-dos-porques.html#sthash.eP0j9uxg.dpuf


POR QUE, POR QUÊ, PORQUE e PORQUÊ
Escreve-se "por que", separado, em perguntas e/ou quando é possível a conversão para POR QUE MOTIVO, POR QUE RAZÃO, PELO QUAL ou O MOTIVO PELO QUAL:

- Por que (= Por que motivo) chegaste atrasado?
- Este é o caminho por que (= pelo qual) passei.
- Muitos queriam saber por que (= por que razão) o movimento foi perseguido.
- Os usuários que já se cadastraram não têm por que (= por que motivo) se preocupar.
- Ele estudou muito. Daí por que (= o motivo pelo qual) tirou dez na prova.

Se "por que" estiver no fim da frase, isto é, logo depois vier um ponto de forte pausa (final, dois-pontos, interrogação), o "e" do "que" receberá acento circunflexo:

- Não entendeu por quê? (= Não entendeu por que motivo?)
- Necessito entender por quê. (= Necessito entender por que motivo.)
- Dona Marisa tem uma certa implicância com Marta, não se sabe bem por quê. (...não se sabe bem por que motivo.)

"Porque", numa só palavra, introduz causa, explicação, justificativa. Neste caso, será possível a substituição por POIS, UMA VEZ QUE ou PELO FATO DE QUE:

- O menino está chorando porque (pelo fato de que) caiu.
- Chegue cedo, porque (pois) não jantamos tarde.
- Não jogou contra o Santa André nem contra o Paulista porque (pelo fato de que) cumpria suspensão.

Para finalizar, duas importantes informações:

1. Quando é substantivo, sinônimo de "motivo", “razão”, "porque" ganha acento no "e", independentemente da posição na frase:

- Não explicou o porquê (=o motivo) do atraso.
- Os números explicam o porquê (=o motivo).
- Sem mais porquê (=sem mais razão), o prefeito Newton Carneiro resolveu exonerar toda a Secretaria de Comunicação.

2. "Porque", junto, pode aparecer em perguntas. Isso ocorre quando aparece na pergunta aquilo que pode ser a causa do que se é perguntado:

- Porque choveu muito não foste à praia?
- Para você, a violência aumentou porque os governos não investem em educação?

terça-feira, 15 de outubro de 2013

DIA DO PROFESSOR!


Aqui deixamos a nossa singela homenagem ao profissional que forma todos os profissionais: O Professor! Parabéns pelo seu dia, não fossem a vossa dedicação não existiriam grandes homens capazes de transformar o mundo em que vivemos. 
À todos os Mestres da Educação, um Feliz Dia dos Professores!!
Obrigado à todos!
Equipe Comunicação Cibernética.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL


Atentem para o uso da Linguagem Verbal e da Linguagem Não Verbal. Elas podem gerar uma ambiguidade. Observem e tirem suas próprias conclusões.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

ABUSO DOS TERMOS E SÍMBOLOS DA INTERNET



Hashtag, o aperto de mão secreto do Twitter, se difunde

 

Hashtags, palavras ou frases precedidas pelo símbolo #, têm se popularizado no Twitter como uma maneira de os usuários organizarem e pesquisarem mensagens.
Pessoas tuitando sobre o deputado norte-americano Anthony D. Weiner, por exemplo, podem adicionar a hashtag #Weinergate, e quem estiver curioso sobre o escândalo poderia simplesmente pesquisar por #Weinergate. (...)
No entanto, as hashtags já transcenderam a plataforma dos microblogs de até 140 caracteres e transformaram-se em uma nova cultura de escrita rápida, encontrando seu lugar nas salas de bate-papo, nos e-mails e nas conversas cara a cara. (...)
Rapidamente, as pessoas começaram a usar hashtags para acrescentar humor, contexto e monólogos internos a suas mensagens - e a suas conversas do dia a dia. "É possível vê-las sendo usadas como ironia ou como um tipo de metacomentário. Você escreve uma mensagem, mas não acredita realmente nela, pois o que verdadeiramente pensa está contido na hashtag," afirma Jacob Eisenstein, pesquisador pós-doutorando em linguística computacional da Universidade Carnegie Mellon. (...)
"Uma coisa engraçada que tem acontecido é que as pessoas no escritório começaram a falar usando hashtags - 'Hashtag, desculpe-me, eu estou atrasado', ou 'Hashtag dia ruim'", diz Jane Olson, vice-presidente sênior de marketing da Oxygen Media. (...)
#ObrigadoPorLer #SeVocêSequerConseguiuChegarAtéAqui

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/tec/tc2906201112.htmAcesso em 06.07.11)