“O Grito” exprime grandiosamente o mais elemental desespero humano. É um retrato arquetípico do sentimento de desamparo a que o ser humano está sujeito. Daí a sua forte impressão sobre quem quer que o olhe. Mesmo que inconscientemente, vemos refletido nele ao menos uma possibilidade futura do nosso estado. Ou talvez presente, ou um passado que desejamos esquecer e disfarçar sob a fantasia de alegria e bem-estar que a cultura pop e a mídia nos ensinam a vestir, independentemente do que se esconde por baixo dela.
Sobre a história do quadro, o autor uma vez escreveu:
“Caminhava eu com dois amigos pela estrada, então o sol pôs-se; de repente, o céu tornou-se vermelho como o sangue. Parei, apoiei-me no muro, inexplicavelmente cansado. Línguas de fogo e sangue estendiam-se sobre o fiorde preto-azulado. Os meus amigos continuaram a andar, enquanto eu ficava para trás tremendo de medo e senti o grito enorme, infinito, da natureza.”
Estudou na Escola de Artes e Ofícios de Oslo, teve como influências artísticas as obras de Courbet e Manet. Em suas obras predominou os temas sociais. Começou a pintar em 1880, iniciando em retratos e quadros naturalistas, nessa época pintou “Criança doente” de 1886.
No decorrer dos anos, perdeu grande parte de sua família, a mãe faleceu quando tinha cinco anos de idade, a irmã mais velha aos quinze anos, a segunda irmã morreu após seu casamento e a irmã mais nova sofria de doença mental. O próprio Edvard Munch enfrentava diversas doenças.
Em viagem a Paris, teve contato com as obras de Van Gogh e Gauguin. Em 1892, expõe em Berlim. Aos trinta anos de idade, pintou a sua obra-prima “O Grito”, que retrata a angústia e o desespero, sentimentos colhidos de suas próprias decepções.
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