segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O grito - Edvard Munch


“O Grito” exprime grandiosamente o mais elemental desespero humano. É um retrato arquetípico do sentimento de desamparo a que o ser humano está sujeito. Daí a sua forte impressão sobre quem quer que o olhe. Mesmo que inconscientemente, vemos refletido nele ao menos uma possibilidade futura do nosso estado. Ou talvez presente, ou um passado que desejamos esquecer e disfarçar sob a fantasia de alegria e bem-estar que a cultura pop e a mídia nos ensinam a vestir, independentemente do que se esconde por baixo dela.

Sobre a história do quadro, o autor uma vez escreveu:

“Caminhava eu com dois amigos pela estrada, então o sol pôs-se; de repente, o céu tornou-se vermelho como o sangue. Parei, apoiei-me no muro, inexplicavelmente cansado. Línguas de fogo e sangue estendiam-se sobre o fiorde preto-azulado. Os meus amigos continuaram a andar, enquanto eu ficava para trás tremendo de medo e senti o grito enorme, infinito, da natureza.”



Quem foi Edvard Munch?

Edvard Munch, pintor norueguês, foi um dos precursores do expressionismo alemão. Nasceu em Loten, em 12 de dezembro de 1863, faleceu em 23 de janeiro de 1944, na cidade de Ekely. Suas obras são lembradas pelas angústias existenciais e ameaças invisíveis.
Estudou na Escola de Artes e Ofícios de Oslo, teve como influências artísticas as obras de Courbet e Manet. Em suas obras predominou os temas sociais. Começou a pintar em 1880, iniciando em retratos e quadros naturalistas, nessa época pintou Criança doente de 1886.
No decorrer dos anos, perdeu grande parte de sua família, a mãe faleceu quando tinha cinco anos de idade, a irmã mais velha aos quinze anos, a segunda irmã morreu após seu casamento e a irmã mais nova sofria de doença mental. O próprio Edvard Munch enfrentava diversas doenças.
Em viagem a Paris, teve contato com as obras de Van Gogh e Gauguin. Em 1892, expõe em Berlim. Aos trinta anos de idade, pintou a sua obra-prima O Grito, que retrata a angústia e o desespero, sentimentos colhidos de suas próprias decepções.

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